CMN atende demandas do setor da construção

A CBIC recebeu com satisfação o conjunto de medidas anunciadas pelo governo federal para alavancar o setor habitacional. Na avaliação da entidade, decisões tomadas na última reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em 28/05, contemplam parte das demandas do segmento e terão impacto positivo sobre a atividade. “O governo nos dá um sinal de compreender a importância do setor para a economia”, afirma José Carlos Martins, presidente da CBIC.

Preocupada com o impacto da crise econômica, a CBIC reivindicou junto ao Banco Central a liberação do uso de recursos do depósito compulsório, visando manter o fluxo do crédito para a casa própria e garantir as unidades em produção. A medida foi adotada pelo CMN, que liberou R$ 22,5 bilhões dos depósitos obrigatórios para viabilizar estas operações de financiamento habitacional.

Outra sugestão da entidade contemplada pelo CMN foi estabelecer que somente Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) com lastro em financiamentos habitacionais, no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), sejam considerados no cumprimento da exigibilidade. Esta medida garante que os recursos da poupança financiem apenas habitação, cumprindo seu objetivo.

Na mesma direção, o Conselho Curador do FGTS irá disponibilizar uma nova linha de crédito no setor imobiliário no valor de R$ 7 bilhões. “O governo percebeu que os problemas causados ao mercado pela ausência de crédito poderiam comprometer o futuro e as expectativas das empresas do setor.”, avalia Martins.

Para evitar que a construção civil seja foco de proliferação do mosquito da dengue, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) vem realizando palestras diretamente nos canteiros de obras, que já atingiram 1.400 trabalhadores de diversas construtoras nas últimas semanas. Segundo Sergio Porto, presidente da entidade, a orientação inclui eliminação de acúmulo de água em carrinhos de mão, betoneiras, lajes, tonéis e fossos de elevadores. “Deve-se cuidar ainda do entorno, evitando-se atirar cascas de frutas, garrafas, copos descartáveis e tampas plásticas em terrenos baldios e outros ao lado da obra”, completa. Nas palestras há distribuição de cartazes e folhetos com dicas para prevenção também dentro de casa, uma vez que 70% dos focos do Aedes aegypti estão em residências.

Fonte: Alec